terça-feira, 24 de abril de 2007

1o resumo maior... conclusão - rende pouco

Patologia Robins – revisão da bibliografia
Pesquisa Células Progenitoras do Epitélio Basal da Cérvice Uterina
Pesquisadora: Juliany Luz

Aparelho Reprodutor Feminino Normal:

a. Embriologia: As células germinativas primordiais originam-se da parede do saco vitelínico por volta da 4ª semana de gestação e lá pela 5ª e 6ª semanas elas migram para a crista urogenital. O mesoderma passa a se proliferar e forma o epitélio de o estroma da gônada. As células germinativas são de origem endodérmica e se unem às células mesodérmicas e formam os ovários.
A interrupção da migração celular normal pode ocasionar distribuição extra-gonadal das células germinativas e raramente dando origem a tumores nessas regiões.
Os ductos müllerianos surgem na 6ª semana de gestação e se fundem com o seio urogenital dando origem à vagina e ao útero (parte caudal fundida), partes não fundidas originam as tubas uterinas e o seio urogenital origina a parte inferior da vagina e o vestíbulo.
A íntima relação tecidual entre o mesotélio e os ductos de Muller é refletida ainda na fase adulta, podendo ser evidenciada sob a forma de lesões benignas – endometriose – ou malignas – neoplasias serosas ou endometrióides.
O epitélio do trato urogenital se diferencia, por indução das células basais do estroma, em escamoso e urotelial, e parte dessas células na cérvice do útero mantém-se indiferenciadas e constituem as células de reserva uterinas (células progenitoras).
b. Anatomia: Os ovários são divididos em 2 camadas: córtex e medula.
b.1. Córtex: constituído de células estromais, o córtex é coberto de tecido conjuntivo frouxo quase acelular e com colágeno. Em cada ciclo, o folículo torna-se folículo graafiano e depois do ciclo, em corpo lúteo.
b.2. Medula: constituída de tecido mesenquimal, contem os vestígios dos ductos de Wolff e células epitelióides, que circundam os vasos e nervos no hilo gonadal. Essas células do hilo são vestígios da fase “bissexual” do ovário, e produzem estrogênios. Raramente, dão origem a tumores masculinizantes.
A mucosa das tubas uterinas é constituída de 3 tipos celulares, as células colunares ciliadas, as colunares secretoras não ciliadas e as colunares intercaladas ou, provavelmente, secretoras inativas.
O útero é dividido anatomicamente em 3 regiões: o corpo, o segmento inferior e o colo, sendo que este último é divido em ectocérvice e endocérvice. A porção observada nos exames ginecológicos é a parte vaginal do útero ou ectocérvice, que é recoberta de epitélio escamoso estratificado não queratinizado, onde centralmente encontramos o orifício externo do útero (puntiforme em nulíparas e em forma de prega nas multíparas). Cranialmente ao orifício externo temos a endocérvice, revestida de epitélio colocar secretor de muco, epitélio que mergulha no estroma subjacente formando as criptas ou glândulas endocervicais. O ponto de encontro entre os 2 epitélios (escamoso e colunar) chama-se de junção escamo colunar (JEC) e a zona em que o epitélio colunar é substituído pelo escamoso é chamada de “zona de transição”, essa região está contida na JEC e é nela que se desenvolvem as lesões pré-cancerosas (NIC) e o carcinoma escamoso.
c. Patologia: As doenças do aparelho reprodutor feminino são extramente comuns do ponto de vista clínico e patológico. Infecções do aparelho genital podem ser causadas por vírus ou bactérias, algumas como Cândida, Trichomonas e Gardnerella são extremamente desconfortáveis mas não deixam seqüelas graves; já Gonorréia e Chlamydia são causas importantes da infertilidade feminina e relacionadas a DIP; Mycoplasma está altamente relacionado a abortamentos espontâneos e; o HPV está fortemente relacionado aos cânceres de vulva e cervical.
Fazendo um rápido apanhado acerca dessas infecções:
1. Herpes Vírus Simples tipo 2: afeta geralmente, vulva, vagina e colo. É uma das principais doenças sexualmente transmissíveis e nas últimas 2 décadas teve um aumento significativo, especialmente em mulheres jovens e adolescentes. Os sintomas clínicos são vistos em apenas um terço dos indivíduos afetados e surgem de 3 a 7 dias após o contato sexual. A evolução dos achados é a seguinte: inicia-se com pápulas vermelhas e dolorosas na vulva, que evoluem para vesículas e depois úlceras coalescentes; o acometimento cervical e vaginal dá origem a intensa leucorréia, febre, mal-estar e surgimento de linfonodos inguinais dolorosos. As lesões tendem a cicatrizar espontaneamente após 1 a 3 semanas, mas a infecção latente permanece nos gânglios dos nervos regionais. A ocasião mais grave é a transmissão ao neonato, que ocorre mais facilmente em casos de infecção ativa.
2. Cândida: são infecções micóticas comuns, que podem ser recorrentes em pacientes com diabetes melito, que usem contraceptivos orais e nas grávidas. Apresenta-se sob a forma de pequenas áreas brancas superficiais, acompanhada de prurido e leucorréia (secreção grumosa). O diagnóstico é feito através de exame a fresco.
3. Trichomonas vaginalis: protozoário flagelado que têm diagnóstico de infecção feito através do exame a fresco. PHPProduz secreção vaginal purulenta e desconforto, além de mucosa vaginal e cervical com aspecto de colo em morango, vermelho vivo.
4. Mycoplasma: responsável por algumas vaginites e cervicites está associado também a casos de abortamento espontâneo devido a corioamnionite.
5. Gardnerella: pequeno bacilo gram –, está relacionado a casos de vaginite quando não são encontrados outros microorganismos.
* DIP: caracterizado por dor pélvica e anexos sensíveis à palpação, febre e secreção vaginal é uma infecção por gonococos (diplococos gram negativos), clamídeas e bactérias entéricas (pós parto) que afetam o aparelho genital superiror e inferior. A infecção gonocócica começa na glândula de Bartholin e em outras glândulas e o acometimento do colo é comum, mas geralmente assintomático. A reação supurativa aguda é acompanhada de inflamação confinada em grande parte à mucosa superficial e a submucosa subjacente. Dentro das tubas pode ocasinar salpingite supurativa aguda, a serosa fica heperêmica e coberta com camadas de fibrina; após dias ou semanas as fímbrias podem se fechar ou se aderir aos ovários – salpingooforite. Podem surgir ainda abscessos tubo-ovarianos ou piossalpingite. Na mulher não é comum que se desenvolva vulvovaginite, mas nas crianças é uma manifestação comum, pois a mucosa de revestimento é mais delicada. Essa infecção em geral tende a comprometer menos as mucosas e provoca mais reação no interior das camadas mais profundas. Com o tempo, o microorganismo causal tende a desaparecer e o pus sofre proteólise, transformando-se num líquido seroso dando origem à hidrossalpingite (folicular).
Quando a DIP é causada por estrepto, stafilo e outros invasores puerperais geralmente causa menos exsudação, menor resposta inflamatória e maior acometimento profundo, afetando os ligamentos largos, estruturas pélvicas e peritônio. A bacteremia é muito mais freqüente nesse tipo de DIP.
Quanto ao tratamento, ambas são tratadas com antibióticos. Infelizmente existem algumas cepas gonocócicas resistentes à penicilina já, o que dificulta pó tratamento. As DIPs por bactérias puerperais têm tratamento mais difícil e às vezes a remoção cirúrgica pode se fazer necessária.

domingo, 22 de abril de 2007

1a Postagem =)

Essa primeira postagem é para selar o compromisso de sempre relatar os avanços do projeto de iniciação científica em patologia, um estudo sobre as células progenitoras do colo uetrino e sua relação com o HPV e os marcadores imunoistoquímicos p63 e CK17.
Com o passar do tempo e aumento do conhecimento adquirido, vou aprofundando mais as postagens do blog.

Beijos aos que me acompanham =***

July